terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros


Nesta minha trajetória de vida cristã, trabalhando com diferentes segmentos doutrinários, tenho visto igrejas nas quais existem pessoas sem disciplina doutrinária, sem orientação da Palavra e elas fazem o que acham que é certo. A Bíblia diz através do livro de Juízes que o povo de Israel era assim. “Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos”.(Js.20:25). Vejo muitos que se identificam com o evangelho, se apresentam como cristãos, são membros de igrejas, porém a conduta deles não os identifica como verdadeiros servos do Senhor Jesus. E, se conhecem a Palavra de Deus não a obedecem. Muitas igrejas falam de tudo: política, família, sexo, prosperidade, encontros de libertação. Também não faltam apresentação de shows musicais e cada semana tem um cantor ou banda para atrair multidões e, não há tempo para a pregação do Evangelho, da Palavra viva, das veredas antigas, da água viva; Não há tempo para pregar contra o pecado que contamina o homem, não há tempo para ensinar que direção o crente deve tomar para não se envolver e não se identificar com o mundo sem Deus. Então, nesta comunidade as pessoas seguem, fazem e vivem como deseja o seu enganoso coração.
Mas, há também aquelas igrejas nas quais encontramos irmãos que se classificam de “linha dura”. Nesse grupo se encontram pessoas que se apresentam como os investigadores e os defensores de Deus, como se Deus necessitasse de advogados. Então, existe uma comunidade de cristãos em que o povo faz o que quer e outra em que, se alguém erra, não merece chance de perdão.Por isto tenho visto em algumas igrejas: o povo com as mãos cheias de pedras para atirar naqueles que, fazendo parte da sua membresia , tenha cometido algum deslize, quer seja de ordem moral ou doutrinária. Especialmente se esse membro compõe a liderança da igreja. Mesmo que alguém não tenha praticado algo que mereça severa punição, na maioria das vezes a fagulha da maledicência das línguas fraudulentas já contaminou e incendiou grande parte da comunidade e o amor demonstrado na Palavra é violado pela ira dos que, segundo a sua justiça, julga, pune e dá o veredito final, achando que sua justiça vai aumentar seu crédito perante a justiça de Deus . Mas, a Bíblia diz: “Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus”. (Tg.1:20).
Por que estas coisas vem acontecendo na comunidade do Corpo de Cristo, entre o povo que se apresenta como Povo de Deus e afirma que segue a Palavra de Deus? A resposta é: o povo aprendeu, mas, ainda não entendeu na sua essência o significado do amor que Jesus nos ensinou quando disse: “Um novo mandamento dou a vocês: amem uns aos outros; Assim como eu amei a vocês, amem cada um o seu próximo”.
A Bíblia afirma que: Aquele que diz que conhece Jesus e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele que diz que está em Jesus, também, deve andar como ele andou. Afirma também que, aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão, até agora está em trevas e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos”. Confirme estes ensinamentos no Evangelho de I João 2.
Amar não significa que a igreja do Senhor Jesus deva ser conivente com o pecado dos seus membros, se eles andam segundo o moldes pecaminosos que envolvem os que vivem num mundo sem Deus. De jeito nenhum! Se alguém não quer concerto, ele deve ser excluído da Igreja, porque na Palavra de Deus eu aprendo que: Quem ama a Deus não compactua com o mundo, não ama o mundo e nem o que no mundo há, porque se alguém ama o mundo e trás o mundanismo para a sua vida, o amor de Deus não está nele; e, além disso, a Bíblia diz também que quem se torna amigo do mundo se faz inimigo de Deus; aprendemos que: quem conhece a Deus não tem prazer no pecado, não vive pecando deliberadamente; Mas se por descuido, pecar, temos Jesus como o nosso advogado e Ele nos justifica diante de Deus. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”.(I Jo 1:9).
Então, segundo a Palavra, quando um servo de Deus peca e se, de coração ele se arrepende, Deus o perdoa; e nós como igreja temos o dever de perdoá-lo, também. O Apóstolo Paulo diz: sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. (Ef.4:32)
A forma mais sutil que satanás encontrou para interferir e destruir a comunhão do povo de Deus, é usando situações que envolvam as famílias, cônjuges, amizades, filhos, irmãos, entre outros, fazendo com que as pessoas envolvidas tomem decisões fora do contexto da Palavra que anunciamos e pregamos.
Um grupo de religiosos trouxeram uma mulher, apanhada em adultério, e a levaram até Jesus para que fosse condenada, porque na lei de Moisés dizia que em tais circunstâncias, os réus deveriam ser mortos. Nesta cena encontramos uma mulher acuada, envergonhada, amedrontada e, a não ser que um milagre aconteça, o seu destino é a morte, pois, ela já fora condenada por aqueles que a levaram até Jesus. Mas estava ali somente a mulher. A hipocrisia daquele grupo não o deixou perceber que se aquela punição era a essência da lealdade no cumprimento da lei, os religiosos daquele grupo já a havia quebrado. Porque o que fora encontrado com a mulher não estava entre eles para receber igual castigo. Jesus, olhando para aquela mulher e examinando os corações das pessoas que se encontravam com as mãos cheias de pedras, prontos para desferir o primeiro golpe, disse: Aquele que estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar a pedra.
Quando alguém comete um erro, a Palavra de Deus diz que devemos perdoar. A igreja deve perdoar! No convívio da igreja do Senhor Jesus surgem diversas situações que precisam ser esclarecidas e resolvidas e para isso é preciso que os envolvidos estejam repletos de amor, perdão, misericórdia, compaixão, longanimidade, temperança e demais frutos do Espírito para que possa resolver o problema dentro dos princípios da Palavra. E todas as situações, das mais simples às mais complexas, são permitidas por Deus para que o seu povo possa praticar o evangelho que Jesus nos ensinou. Jesus disse: Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também näo escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.
Jesus enfatiza a importância do perdão, contando uma parábola, quando um dos seus discípulos o questiona sobre tal. “Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta vezes sete. Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: “Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo”. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir. Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: “Pague-me o que me deve!” Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: “Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei”. Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. Então o senhor chamou o servo e disse: “Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?” Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. “Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão”. (Mt. 18:21-35)
Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.(I Jo.2:7,9)

sábado, 3 de setembro de 2011

Orando em todo o Tempo


Jesus aconselhou-nos a orar sem cessar. A oração nos aproxima de Deus e nos mantém abastecidos do poder do seu Santo Espírito para vencer os ataques do nosso adversário. Quando oramos estamos dizendo ao Senhor que dependemos totalmente da sua misericórdia. Aquele que despreza a oração não tem resistência para vencer o mal. Jesus deixou o modelo da oração, quando os seus discípulos lhe pediu: “Senhor ensina-nos a orar”. Ele disse que devíamos orar assim: “Pai nosso que estas no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu Reino, seja feita a tua vontade na terra, como é no céu”. Isto significa que, como filhos de Deus, todas as nossas ações deve manifestar a sua santidade; seu nome deve ser honrado, glorificado e santificado em nossas vidas; não tomar o nome de Deus em vão é um mandamento e a Bíblia afirma que Deus não terá por inocente aquele que não honrar o seu nome, que usar o seu nome de maneira fútil pois, o seu Nome é santo; Quando oramos para que o seu reino venha a nós, devemos ter consciência de que seu domínio é sobre tudo e todos, e nós somos privilegiados a sujeição da sua autoridade, como também somos privilegiado a desfrutar de todos os benefícios do reino. E, assim como a vontade de Deus é totalmente cumprida no céu como foi estabelecido por Ele desde o princípio, assim deve ser na terra por nós, seus filhos.
Mas, muita gente quer o reino de Deus, isto é, as bênçãos que são liberadas do seu reino, mas não quer compromisso com o Senhor do reino. E por esta razão, quando essas pessoas são apanhadas pelas adversidades, se desesperam. Mas, aqueles que obedecem e fazem a vontade de Deus, estão seguros e nada abala a sua confiança, nada os fazem desistir de esperar nas suas misericórdias, não importa as circunstâncias, pois, sabem que no tempo determinado as bênçãos das mãos do Senhor, serão liberadas.
Assim era o profeta Habacuque, quando disse: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas”.
Jesus diz também que devemos estar vigilantes. Essa vigilância nos leva a abrangência da obediência. Quando obedecemos estamos sempre alertas, vigiando para não sermos pegos de surpresa; Quando obedecemos estamos sempre procurando fazer a vontade de Deus visando seguir o seu comando; Quando obedecemos, Deus fala conosco.
A vida espiritual é um campo de batalha e esta batalha acontece diariamente. E como soldados, em tempos de guerra, somos treinados através da Palavra de Deus e equipados com as armas do Espírito para vencer o inimigo. O Senhor colocou a nossa disposição as suas armas. E, a maneira mais eficaz de estarmos vigilantes é, segundo diz a sua Palavra : “revestir de toda a armadura de Deus, para estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”, como aconselha o Apóstolo Paulo. ”Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos”.
Para vencer as batalhas precisamos desta importante ferramenta espiritual: oração.